quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

Oi pessoal... Passando para indicar a vocês alguns documentários interessantíssimos. Vale a pena da uma olhada!!!


Indicações de documentários:

Título: Um Sino dobra em Canudos
Documentário, P/B, 1962, Brasil.
Direção e Apresentação: Carlos Gaspar
Cinegrafistas: Heinz Forthmann / Alexander Órban / Domenico Pennachia
Produção: Carlos Gaspar
Locações: Canudos
Produtora: Perbin Perbin Produções
Montagem: Ítalo di Bello
Sinopse: Documentário gravado totalmente em Canudos que registra depoimento de José Ciríaco (Tizé), remanescente da Canudos conselheirista.


Título: Canudos
Documentário, 35 mm, Cor, 70 min. 1978, Brasil.
Direção e Roteiro: Ipojuca Pontes
Direção de Fotografia e Câmera: Vito Diniz, Aloysio Raulino, Júlio Romiti
Ilustrações: Poty
Letreiros: Luís Carolino
Som Direto: Timo de Andrade / Ipojuca Pontes
Narração: Walmor Chagas
Montagem: Henrique Santos
Música: J. Lins
Produtora: Ipojuca Pontes Produções Cinematográficas / Tereza Raquel Produções Artísticas
Produção: Tereza Raquel


Título: Reconstrução
Documentário, VHS, 1987
Direção, Roteiro e Câmera: Jorge Alfredo
Produção: Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia
Sinopse: A fundação da Igreja Popular de Canudos, pelo Padre Enoque Oliveira e os participantes das comunidades organizadas na região de Uauá, Monte Santo e Euclides da Cunha.


Título: Memórias de Sangue
Documentário, 35 mm, Cor, 13 min., 1987/88, Brasil.
Direção e Roteiro: Conceição Sena
Fotografia e Câmera: Mário Carneiro
Som: Cristiano Maciel
Música: Carlos Pita, Philip Glass
Montagem: Aída Marques
Sinopse: "Afirmando que Canudos não morreu, os descendentes dos participantes da Guerra de Canudos criam uma nova comunidade, já que o estopim da guerra continua o mesmo."

Canudos, 1897



O sangue virou água
E se fez Cocorobó
A morte virou corisco
E cortou o coração
A justiça virou fogo
E corre atrás dos coronéis
Valei-me meu Conselheiro
Pela desgraça do vintém
Que a terra é de todos
A terra é de ninguém


Letra e música de Carlos Pita

terça-feira, 1 de dezembro de 2009


Onde está "nossa" memória?!
Sim... "NOSSA" memória, nosso patrimônio!
Não sou Canudense de nascença, mas de coração! Baiana, acima de tudo. Protetora e apaixonada pela memória de nosso país!

Memória... Será que a conhecemos e a preservamos?!
Será que essa memória é apenas a lembrança de um acontecimento de importância (selecionado pelas elites de acordo com seus interesses) postado nos livros didáticos? Ou será a construção um posicionamento através do conhecimento? A preservação da história...

Onde esta a memória de Canudos?! Apenas nas lembranças de seus filhos?

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


Ladainha pra Canudos


Usaram as águas do rio
quem nem arma do medonho
Pra destuir a morada, Terra Santa
do Beato Santo Antônio
Penitentes e contritos
Na sagrada procissão
Pra bandeira de canudos
Nunciar Ressurreição





Música e Letra: João Bá e gereba

quarta-feira, 25 de novembro de 2009


O governo da República recém-instaurada precisava de dinheiro para materializar seus planos, e só se fazia presente no Sertão pela cobrança de impostos. No entanto, a região na época passava por uma grave crise econômica e social. A escravidão havia acabado a poucos anos e, ex-escravos e milhares de sertanejos estavam a vagar sem ter como sobreviver. Unidos na crença de uma salvação milagrosa, seguiram em direção a Canudos (cidadela liderada pelo peregrino Antônio Conselheiro).
Os grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, iniciaram um forte grupo de pressão junto à República, pedindo que fossem tomadas providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores.
O exército foi mandado para Canudos. E três expedições militares saíram derrotadas. Somente na quarta expedição a guerra terminou com a destruição de Canudos. No entanto, o governo ainda temia a essa tão forte população.
E hoje nos perguntamos... Por que construir um açude sobre a cidade de Canudos?
Quais os critérios que fizeram o governo escolher Cocorobó e rejeitar as tantas outras opções?
Na decisão de construir um açude, não somente “aspectos técnicos” (clima, topografia, vazão de água, impacto ambiental, etc.) devem ser levados em conta. Existem critérios que devem ser relevantes dessa decisão: a presença de povoações e a importância histórica da mesma. O desprezo a esses fatores com relação a Canudos nos faz perceber que a elite atropelou a “neutralidade técnica”, à favor de seus interesses.
Um exemplo bastante ilustrativo ocorreu no final dos anos 80, quando Peter Cook, um renomado arquiteto inglês, sugeriu que todo o Centro Histórico da capital baiana fosse destruído, e em seu lugar erguido modernos edifícios. A elite cultural e política da Bahia ficou histérica e repudiou essa proposta o governo gastou mais de U$ 35 milhões para revitalizar os velhos casarões símbolo maior da arquitetura colonial das elites.
Mas o que estava em jogo, em Canudos não era a inundação de um pedaço de terra qualquer. As águas do açude de Cocorobó cobriram uma área onde ocorreu uma das mais importantes manifestações populares do mundo, que envolveram distintos interesses políticos e econômicos, gerando uma guerra que durou um ano culminando numa chacina de milhares de pessoas, que manchou com sangue os brasões da República e do Exército.